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AMLO pede rápida promulgação de reforma judicial no México após acenos do estado

A reforma, que elegeria juízes federais por voto popular, deve ser promulgada no domingo, diz o presidente mexicano.

O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador disse que o pacote de reforma judicial que ele defendeu deve ser promulgado em 15 de setembro, depois que a maioria das legislaturas estaduais aprovou a reforma.

O anúncio feito na quinta-feira ocorreu poucas horas depois de os legisladores do Senado do país aprovarem o projeto de lei, que elegeria juízes federais por voto popular, entre outras mudanças.

A reforma, que López Obrador tentou promulgar antes de deixar o cargo no final do mês, já havia sido aprovada na câmara baixa do legislativo mexicano, conhecida como Câmara dos Deputados.

O partido Morena, de López Obrador, tem uma maioria absoluta naquela câmara e está a apenas uma cadeira de uma maioria absoluta no Senado.

Falando durante sua entrevista coletiva diária, Lopez Obrador disse que o projeto de lei havia superado o obstáculo final para uma mudança constitucional: ele havia sido aprovado por 18 das 32 legislaturas estaduais do país.

“A reforma do judiciário já foi aprovada”, disse Lopez Obrador, acrescentando que “seria bom” que a lei fosse publicada no diário oficial do governo em 15 de setembro. A data é um dia antes do México celebrar seu Dia da Independência.

Opositores do projeto de lei — incluindo milhares de juízes federais, magistrados e funcionários de tribunais — têm protestado contra a reforma por semanas. A medida fará do México o primeiro país do mundo a permitir que os eleitores elejam juízes federais em todos os níveis, incluindo a Suprema Corte.

Os manifestantes dizem que a mudança vai corroer a independência do judiciário, já que o partido Morena, amplamente popular, deve ter influência descomunal na eleição de juízes nos próximos anos. Os críticos enquadraram as mudanças como parte de uma mudança mais ampla em direção à “autocracia”.

Durante o debate no Senado na quarta-feira, centenas de manifestantes invadiram a câmara com canos e correntes, gritando: “O judiciário não cairá” e “Sr. Senador, pare o ditador!”

A International Bar Association, a Human Rights Watch e vários dos principais parceiros comerciais do México também levantaram preocupações sobre a reforma. Especialistas jurídicos criticaram o esforço por não abordar as causas raízes da corrupção que tem atormentado o sistema de justiça criminal por anos.

López Obrador, que mantém ampla popularidade apesar de ter atingido o limite de seu mandato de seis anos, disse que as reformas são necessárias para criar uma “democracia autêntica” no México e conter a influência de gangues criminosas.

Falando na quinta-feira, ele disse que a lei garantirá que os cidadãos mexicanos possam eleger diretamente seus três poderes de governo: o executivo, o legislativo e o judiciário.

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