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Maduro reorganiza gabinete da Venezuela após vitória eleitoral contestada

Enquanto as tensões persistem sobre sua amplamente questionada reeleição, Maduro faz grandes mudanças, nomeando novos ministros do Interior e do Petróleo.

O líder venezuelano Nicolás Maduro fez grandes mudanças em seu gabinete, enquanto os protestos continuam após seu sucesso em uma eleição recente rejeitada pelos oponentes como fraudulenta.

Maduro nomeou na terça-feira novas figuras para liderar os ministérios do Petróleo, das Finanças e do Interior, entre outros.

Anabel Pereira é a nova ministra das Finanças, enquanto Héctor Obregón é o novo presidente da estatal petrolífera PDVSA, substituindo Pedro Tellechea, que assumirá a chefia do Ministério da Indústria e Produção Nacional, disse Maduro na televisão estatal.

A vice-presidente Delcy Rodriguez permanecerá em seu cargo, mas adicionará o ministério do Petróleo à sua pasta, acrescentou Maduro.

Yvan Gil e Vladimir Padrino permanecerão em seus respectivos cargos como ministro das Relações Exteriores e ministro da Defesa, disse Maduro, enquanto o líder do partido governista, Diosdado Cabello, será o novo ministro do Interior, Justiça e Paz.

As mudanças são “uma profunda renovação do governo nacional e estamos montando uma nova equipe que nos ajudará a fazer a transição de tudo para esta era, abrir novos caminhos… acelerar as mudanças que as pessoas precisam”, disse Maduro durante um evento transmitido ao vivo.

Cabello, um aliado próximo do antecessor de Maduro, o falecido Hugo Chávez, retornará ao gabinete após ser o segundo em comando do partido governista PSUV. Ele é um ex-vice-presidente e legislador e serviu como ministro do interior e da justiça no início dos anos 2000.

“Hoje, acredito que a Venezuela está no caminho da paz definitiva, uma paz com justiça, uma paz onde o povo sinta que aqueles que agiram contra a constituição e a lei têm a justiça aplicada a eles a tempo”, disse Cabello.

As mudanças ocorreram em meio a tensões de longa data no país sul-americano, após uma eleição em julho na qual tanto Maduro quanto a oposição, que o liderava por uma margem quase intransponível nas pesquisas pré-eleitorais, reivindicaram vitória.

Observadores eleitorais, membros da oposição e líderes regionais expressaram forte ceticismo sobre as alegações de sucesso de Maduro, com pedidos crescentes para que o governo divulgue dados de contagem de votos que possam ajudar a confirmar os resultados.

A oposição divulgou seus próprios dados, tabulados em todo o país, pretendendo mostrar que derrotou Maduro por uma margem de 2 a 1.

O governo liderou uma dura repressão aos protestos e aos membros da oposição em resposta, abrindo uma investigação sobre o líder da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia por suas alegações de que a oposição foi a verdadeira vencedora da eleição.

Urrutia, que mal foi visto desde as eleições, ignorou uma série de intimações para testemunhar como parte da investigação.

Maria Corina Machado, outra figura proeminente da oposição, disse à agência de notícias Reuters na terça-feira que protestos de rua e pressão internacional podem levar Maduro a renunciar, mas o líder em dificuldades deu poucos sinais de que esteja disposto a fazê-lo.

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