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Coreia do Sul deve criminalizar posse ou assistir pornografia deepfake

Os legisladores sul-coreanos aprovaram legislação que proíbe a posse e a visualização de conteúdos sexualmente explícitos. imagens falsas e vídeo, segundo a agência de notícias Reuters. A nova lei foi aprovada quinta-feira pela Assembleia Nacional da Coreia do Sul. Agora falta apenas uma assinatura de aprovação do Presidente Yoon Suk Yeol antes de poder ser promulgada.

Segundo os termos do novo projeto de lei, qualquer pessoa que compre, guarde ou assista tal material poderá pegar até três anos de prisão ou ser multada até o equivalente a US$ 22.600.

Já é ilegal na Coreia do Sul criar material deepfake sexualmente explícito com a intenção de distribuir o conteúdo, com os infratores enfrentando uma pena de até cinco anos de prisão ou uma multa de cerca de US$ 38.000 de acordo com a Lei de Prevenção da Violência Sexual e Proteção às Vítimas.

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Ativistas usando máscaras para os olhos seguram cartazes com os dizeres 'Repetidos crimes sexuais deepfake, o estado também é cúmplice' durante um protesto contra a pornografia deepfake em Seul, em 30 de agosto de 2024.

ANTHONY WALLACE/AFP via Getty Images


Se a nova legislação for sancionada, a pena máxima para o crime de criação de pornografia deepfake seria aumentada para sete anos, independentemente de o criador ter a intenção de distribuir as imagens, segundo a Reuters.

Tem havido indignação pública na Coreia do Sul nos últimos anos sobre a troca de imagens sexualmente explícitas manipuladas por IA e deepfakes, e no mês passado as autoridades lançaram uma investigação sobre tal conteúdo supostamente compartilhado através de salas de bate-papo no aplicativo de mensagens Telegram.

Uma investigação do jornalista sul-coreano Ko Narin para o jornal Hankyoreh do país, publicada em agosto, descobriu que os rostos de várias mulheres formadas na Universidade Nacional de Seul apareceram em materiais falsos sexualmente explícitos produzidos e distribuídos por homens com quem estudaram.

“Fiquei chocado com o quão sistemático e organizado foi o processo”, disse Ko à rede parceira da CBS News, BBC News, no início deste mês. “A coisa mais horrível que descobri foi um grupo de alunos menores de idade numa escola [to share content] que tinha mais de 2.000 membros.”

A distribuição de tais imagens entre os jovens na Coreia do Sul parece ser um problema generalizado. Um total de 387 pessoas foram presas só neste ano por crimes relacionados a conteúdo sexual deepfake, sendo 80% delas adolescentes, informou esta semana a agência de notícias nacional da Coreia do Sul, Yonhap, citando dados policiais.


CEO do Telegram, Pavel Durov, pode pegar até 10 anos de prisão por suposta atividade criminosa no aplicativo

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A investigação sobre o Telegram foi anunciada pouco depois da empresa de tecnologia CEO Pavel Durov foi acusado pelas autoridades francesas com múltiplos crimes, incluindo a alegação de que sua plataforma foi usada para propagação de material de abuso sexual infantil.

Como Notícia da CBS relatadaimagens explícitas e falsas do ícone pop Taylor Swift se espalharam rapidamente na plataforma de mídia social X de Elon Musk no início deste ano, atraindo milhões de visualizações e levando X (antigo Twitter) a bloquear temporariamente as pesquisas pelo artista em janeiro.

Em maio, dois senadores dos EUA coautoria de projeto de lei bipartidária com o objetivo de reprimir imagens deepfake íntimas não consensuais on-line. A legislação propõe penas que incluem multas e até dois anos de prisão, com penas civis que podem ir até 150.000 dólares.

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