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Forças israelenses usam táticas “semelhantes às de guerra” na Cisjordânia ocupada: OCHA

A agência humanitária da ONU diz que dezenas de pessoas foram mortas na semana passada em ataques israelenses, incluindo ataques aéreos.

As forças israelenses estão usando “táticas letais de guerra” na Cisjordânia ocupada, de acordo com a agência humanitária da ONU.

O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse em uma declaração na quarta-feira que os ataques israelenses mataram mais de duas dúzias de pessoas na última semana ou mais, incluindo crianças. Os ataques contínuos, concentrados principalmente nos campos de refugiados de Tulkarem e Jenin, constituem o maior ataque de Israel ao território ocupado desde a segunda Intifada no início dos anos 2000.

Os ataques resultaram em violência significativa e inúmeras prisões, enquanto estradas e outras infraestruturas foram destruídas por escavadeiras militares israelenses.

O OCHA disse que mobilizou organizações da ONU e de outros lugares para avaliar os danos e as necessidades humanitárias no local.

Visitando Tulkarem no sábado, as equipes confirmaram o deslocamento de 120 pessoas, incluindo mais de 40 crianças, cujas casas foram destruídas, disse o comunicado.

“No momento da avaliação, 13.000 pessoas no campo de refugiados de Nur Shams sofreram cortes de água, atribuídos a danos causados ​​à rede de água, e transbordamento de esgoto foi observado. As equipes também notaram que a população estava traumatizada e precisava de apoio psicossocial”, disse o OCHA.

Uma equipe de avaliação semelhante teve o acesso a Jenin negado pelas autoridades israelenses na quarta-feira.

“O OCHA alerta que impedimentos de acesso estão impactando a capacidade de fornecer uma resposta humanitária significativa. O movimento de ambulâncias e equipes médicas foi impedido e atrasado desde o início da operação, que agora dura uma semana. O acesso humanitário deve ser sempre facilitado”, disse a declaração.

O último ataque militar israelense em Jenin está em seu oitavo dia, e o terceiro dia em Tulkarem, onde as forças israelenses estão causando “destruição generalizada”, de acordo com a agência de notícias Wafa.

Citando seus correspondentes no local, a agência disse que forças israelenses lançaram bombas no campo de refugiados, provocando incêndios no bairro de al-Shamaliya.

Atiradores israelenses estavam posicionados em prédios altos, enquanto drones espiões voavam e escavadeiras danificavam a infraestrutura, com “nenhuma rua ou beco deixado sem destruição”, relatou a Wafa.

Um cerco à escola al-Israa e Thabet também continua, acrescentou.

A equipe da Al Jazeera no local também relatou uma invasão israelense em andamento no campo de refugiados de Jalazone, ao norte de Ramallah. Fontes disseram que dezenas de palestinos foram detidos e interrogados em centros comunitários locais.

Pelo menos 20 palestinos também foram detidos em Beit Surik. A maioria retornou após serem interrogados.

Outros ataques foram relatados em Qalqilya, Nablus, com foco nos campos de refugiados de Balata e Askar, bem como na cidade de al-Khader, ao sul de Belém, e no campo de refugiados de al-Azza, ao norte da cidade.

As forças de segurança israelenses sitiaram Hebron pelo quarto dia consecutivo e mais postos de controle e portões foram erguidos.

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