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Georgianos manifestam-se em apoio à adesão à UE antes das eleições

A União Europeia congelou as negociações de adesão depois que o governo da Geórgia aprovou uma controversa “lei de influência estrangeira” no início deste ano.

Dezenas de milhares de pessoas na Geórgia participaram num comício pró-Europa, dias antes das eleições parlamentares vistas como um teste crucial para a democracia do país e a sua candidatura à adesão à União Europeia.

A votação de sábado colocará uma aliança sem precedentes de forças de oposição pró-Ocidente contra o partido governante Georgian Dream, acusado por Bruxelas de se orientar para o autoritarismo e de desviar a candidata da UE, a Geórgia, do seu caminho europeu.

A Presidente pró-Ocidente, Salome Zurabichvili – em desacordo com o governo – participou no comício de domingo, que, segundo ela, iria “demonstrar a vontade das pessoas pela liberdade, independência e um futuro europeu”.

Dezenas de milhares de manifestantes, agitando bandeiras da UE e da Geórgia e segurando faixas que diziam “A Geórgia escolhe a União Europeia”, reuniram-se na Praça da Liberdade, no centro de Tbilisi, depois de marcharem em direção ao local a partir de cinco locais diferentes.

Várias ONG georgianas, incluindo a European Orbit da Geórgia e a coligação “My Voice to the EU”, apelaram aos georgianos para organizarem uma manifestação em massa naquele local.

“Escolhendo a unidade, o desenvolvimento e a União Europeia, os georgianos irão reunir-se no dia 20 de outubro (domingo) e mostrar a sua determinação em prosseguir o caminho da adesão à UE”, disseram os organizadores no Facebook.

Bruxelas congelou o processo de adesão da Geórgia à UE depois de os legisladores do Georgian Dream terem aprovado esta Primavera uma controversa “lei de influência estrangeira” visando a sociedade civil.

'Teste crucial'

A adopção da medida – criticada como uma lei ao estilo do Kremlin para silenciar a dissidência – desencadeou semanas de protestos em massa nas ruas e também levou Washington a impor sanções a dezenas de responsáveis ​​georgianos.

No início deste mês, o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, advertiu que as ações do Georgian Dream “sinalizam uma mudança em direção ao autoritarismo”.

Ele classificou as próximas eleições como “um teste crucial para a democracia na Geórgia e para o seu caminho na União Europeia”.

As pesquisas de opinião sugerem que os partidos da oposição provavelmente conseguirão votos suficientes nas eleições de sábado para formar um governo de coalizão e substituir o partido no poder, controlado pela poderosa bilionária Bidzina Ivanishvili.

Analistas alertaram para o risco de turbulência se o Georgian Dream tentar manter o poder independentemente do resultado da votação.

No poder desde 2012, o partido seguiu inicialmente uma agenda política liberal pró-Ocidente, mas nos últimos dois anos reverteu o rumo e foi acusado de se aproximar de Moscovo no meio da invasão da Ucrânia.

As candidaturas à adesão à UE e à NATO estão consagradas na constituição da Geórgia e são apoiadas por cerca de 80 por cento da população, de acordo com múltiplas sondagens de opinião encomendadas por grupos como o Instituto Democrático Nacional e o Instituto Republicano Internacional.

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