Entertainment

Há 36 anos, Tim Burton lançou o sucesso de bilheteria que definiu sua carreira

O elenco, como sempre, foi uma parte ridiculamente importante da equação aqui. Originalmente, para o papel titular, Burton imaginou o cantor do Rat Pack, Sammy Davis Jr. Isso não deu certo. Em vez disso, a Warner Bros. e o cineasta promissor recorreram à estrela de “Mr. Mom”, Michael Keaton, que estava em ascensão na época. O resto do elenco foi preenchido com atores de personagens confiáveis, incluindo Catherine O'Hara (“After Hours”), Glenn Shadix (“Heathers”) e a relativamente novata Winona Ryder. A química entre todos os atores provou ser o molho secreto.

Burton recebeu um orçamento considerável (pelo menos para os padrões de 1988) de US$ 15 milhões para trabalhar. Ainda assim, o cineasta tinha muito a fazer com esse dinheiro, de cenários elaborados a sequências de stop-motion e uma série de efeitos práticos. Sem mencionar figurinos, adereços e tudo o mais que dá ao filme aquele charme agora característico de Burton. Não querendo nos precipitar aqui, mas “Beetlejuice” ganharia o Oscar de Melhor Maquiagem.

Outro elemento-chave foi a trilha sonora, que foi composta pelo colaborador frequente de Burton, Danny Elfman. A dupla também trabalhou junto em “Pee-Wee”. Aqui, porém, muito do som que o público viria a associar à dupla se concretizaria. O trabalho de Elfman não foi fácil, pois ele acabou fazendo a trilha sonora duas vezes. Sua primeira passagem, que foi baseada no roteiro, não condizia com o que saiu da mente de Burton.

“Assim que o vi, pensei: 'Ah, este não é o filme que eu estava imaginando na minha cabeça. É algo completamente diferente'”, explicou Elfman em uma entrevista de 2023. “Michael Keaton trouxe essa energia, e é nisso que estou me apegando.” Isso fala muito sobre o que Burton trouxe para o material. Falando mais adiante, Elfman ajudou a resumir a energia que permeou o filme, dando a ele aquela qualidade distinta e caótica que todos conhecemos hoje:

“Tim simplesmente me deixou enlouquecer e correr solto. E eu fiquei tipo, 'Ótimo. Se você estiver a fim, eu vou ficar maluco o tempo todo até você me dizer para parar. Até você me dizer que eu fui longe demais.' E ele quase nunca me disse que eu fui longe demais, felizmente, o que é uma das razões pelas quais eu amo trabalhar com ele.”

Source

Related Articles

Back to top button