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Médicos Sem Fronteiras interrompem operações russas após perder status legal

O grupo de ajuda anunciou a decisão com “o coração pesado” após perder sua autorização legal.

Os Médicos Sem Fronteiras disseram que interromperam suas operações na Rússia depois que Moscou retirou sua autorização para trabalhar no país.

A ONG, também conhecida como Médicos Sem Fronteiras (MSF), anunciou a decisão na noite de segunda-feira, dizendo que foi obrigada a interromper as atividades porque o Ministério da Justiça da Rússia a removeu de uma lista de instituições de caridade estrangeiras aprovadas.

“É com pesar que temos que encerrar nossas atividades na Rússia”, disse uma declaração da MSF, que empregava mais de 50 pessoas na Rússia.

“Para cumprir com o [justice ministry] decisão, tivemos que encerrar nossas operações no país e rescindir os contratos de nossos funcionários de acordo com todos os requisitos legais”, disse a porta-voz Maria Borscheva à agência de notícias AFP.

A decisão se aplicava à filial holandesa da MSF na Rússia, mas como esta era a única associação ativa no país, ela efetivamente encerrou a presença do grupo lá.

Uma filial que lida com atividades não operacionais em Moscou permanecerá aberta, de acordo com o grupo.

A medida coloca a MSF, que opera na Rússia há 32 anos, como parte de uma lista crescente de instituições de caridade estrangeiras expulsas durante a guerra na Ucrânia.

No ano passado, a Rússia declarou os grupos de ajuda ocidentais Greenpeace, Transparência Internacional e Fundo Mundial para a Natureza “indesejáveis”, proibindo-os efetivamente de operar no país.

Ajuda Kursk

Com a missão de oferecer assistência médica a “pessoas afetadas por conflitos, epidemias, desastres ou exclusão de cuidados de saúde”, a MSF está na Rússia desde 1992, operando programas que dão assistência a moradores de rua e migrantes, tratamento de tuberculose e cuidados de saúde em geral.

Médicos russos que trabalham para a MSF cuidam de moradores de rua, muitos dos quais sofrem de várias doenças de pele, na estação ferroviária de Kursky, em Moscou, em 2 de março de 1993 [Michael Evstafiev/AFP]

Desde a invasão da Ucrânia, suas operações de ajuda alcançaram 52.000 refugiados e deslocados, 15.400 dos quais receberam apoio médico, de saúde mental e psicossocial gratuito, disse a ONG.

Um de seus objetivos mais recentes foi responder às necessidades humanitárias e médicas dos deslocados internos na região russa de Kursk, onde as forças ucranianas fizeram incursões recentemente, observou.

“Estamos muito tristes em concluir nossos programas no país, pois muitas pessoas que precisam de assistência médica e humanitária ficarão sem o apoio que poderíamos ter fornecido a elas”, disse Norman Sitali, gerente de operações da MSF na Rússia.

“MSF gostaria de continuar trabalhando na Rússia novamente, se e quando possível”, acrescentou Sitali.

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