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Rússia revoga acreditação de seis diplomatas britânicos por alegações de espionagem

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido diz que as alegações são “completamente infundadas” à medida que as tensões aumentam devido à guerra na Ucrânia.

A Rússia revogou o credenciamento de seis diplomatas britânicos em Moscou, acusando-os de espionagem e sabotagem.

Em seu anúncio na sexta-feira, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) disse que os diplomatas realizaram “atividades subversivas e coleta de informações”, acrescentando que tem provas “documentais” confirmando a “coordenação do Reino Unido de uma escalada na situação política e militar internacional” na Ucrânia.

O governo britânico chamou as acusações russas de “completamente infundadas”.

O Foreign Commonwealth and Development Office disse na sexta-feira que esta foi uma medida retaliatória após as ações ocidentais contra “atividades dirigidas pelo Estado russo na Europa e no Reino Unido”.

Os seis diplomatas já deixaram a Rússia e foram substituídos.

“Não pedimos desculpas pela proteção dos nossos interesses nacionais”, disse o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

O anúncio russo ocorreu horas antes de uma reunião planejada em Washington, DC, entre o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o presidente dos EUA Joe Biden, que devem discutir a guerra na Ucrânia.

O FSB, sucessor da agência soviética KGB, disse que o departamento da Europa Oriental e Ásia Central do Ministério das Relações Exteriores britânico estava coordenando movimentos com o objetivo de infligir uma “derrota estratégica” à Rússia.

Reportando de Moscou, Yulia Shapovalova, da Al Jazeera, disse que a última expulsão “não foi surpreendente”, acrescentando que as relações diplomáticas entre os dois países estão “em um nível historicamente baixo”.

Em maio, o Reino Unido anunciou que estava expulsando o adido de defesa russo por espionagem e removeu o status de instalações diplomáticas de várias propriedades russas.

Também impôs um limite de cinco anos para os mandatos de diplomatas russos, o que levou muitos deles a deixar o país.

O jornal Izvestia citou o FSB dizendo que os diplomatas britânicos recrutaram adolescentes russos, organizaram o que chamaram de provocações e mantiveram conversas na residência do embaixador britânico em Moscou com figuras da oposição.

Os seis diplomatas foram nomeados na TV estatal russa, que também mostrou fotos deles. Imagens de vigilância deles foram divulgadas para a mídia russa, incluindo vigilância por vídeo secreta de um enviado se encontrando com alguém.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que seu ministério concordava com a “avaliação” do FSB, acrescentando que “a embaixada britânica desrespeitou amplamente os limites estabelecidos pela Convenção de Viena”.

Desde que assumiu o cargo, Starmer reafirmou o apoio de seu país à Ucrânia como “inabalável”.

Espera-se que ele discuta com Biden se permitirá que a Ucrânia use armas de longo alcance fornecidas e fabricadas pelo Ocidente dentro da Rússia.

Mas já há preocupações sobre as repercussões políticas e militares de tal decisão, disse Jonah Hull, da Al Jazeera, reportando de Londres.

O presidente Vladimir Putin alertou na quinta-feira que se as nações ocidentais permitirem que a Ucrânia use armas de longo alcance para atacar dentro da Rússia, isso significará que a OTAN estará “em guerra” com seu país.

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